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Cuiabá: Central de Regulação enfrenta fila de pedidos após desestruturação deixada pelo gabinete de intervenção do Estado

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Por: Lázaro Thor/Ascom

A Central de Regulação de Cuiabá enfrenta uma fila de pedidos após a desestruturação deixada pelo gabinete de intervenção do Estado na Secretaria Municipal de Saúde. O setor, responsável pela distribuição de pedidos de exames e de cirurgias, sofre com uma série de medidas que deixaram um rastro de desorganização e ausência de pessoal. A Prefeitura de Cuiabá retomou a gestão da Saúde na segunda-feira (1) e o gestor do Município, prefeito Emanuel Pinheiro, determinou um amplo levantamento de todos os problemas deixados pelo gabinete na Saúde.

O secretário-adjunto de Atenção Especializada e Vigilância em Saúde, Oscarlino Alves, visitou o local na última terça-feira (2) para ouvir as demandas dos servidores e entender os problemas do local. Sem entregar um plano de transição montado e pronto para execução, o Gabinete de Intervenção deixou a Central de Regulação a esmo, segundo Oscarlino.

Um dos problemas encontrados é a falta de pessoal para executar o serviço. Muitos profissionais foram chamados no concurso público sem planejamento, o que acabou adicionando aos setores profissionais sem treinamento e consequentemente acarretando problemas para a execução correta do serviço.

“O cenário que encontramos na Saúde de Cuiabá infelizmente é muito diferente da propaganda que foi feita pelo Gabinete de Intervenção”, afirmou Oscarlino. “O que estamos fazendo agora é ouvir os servidores para entregar um relatório ao Prefeito Emanuel Pinheiro, vamos indicar soluções diante da enormidade de falhas que detectamos”, completou.

O gabinete de intervenção do Estado fechou a grade de tomografia do Hospital São Benedito. No mesmo período, o tomógrafo do Hospital Municipal de Cuiabá não estava em funcionamento. Ao todo, 81 pedidos de tomografia ficaram represados no setor.

O GAT NIR, setor fundado pelo prefeito Emanuel Pinheiro e que funcionava 24 horas atendendo UPA e policlínica, foi estadualizado pelo gabinete de intervenção, passando para a Central de Regulação do estado, retirando o fluxo de urgência do município. Com isso, os leitos e UTIs passaram para o estado, que determinaram a transferência de pacientes do interior para Cuiabá, sobrecarregando ainda mais o setor.

“Era duplo comando, mas foi transformado em comando único”, afirmou a servidora Edelma Barbosa. “Antigamente, nós regularizávamos leitos de UPA e Policlínica, mas hoje é o Estado também, eles ficaram com exames durante 25 dias e devolveram para cá, mas aqui não tinha setor de urgência e quando fiquei sabendo já estava no meu setor”, completou Edelma. Segundo Barbosa, não existem contratualizações para outros exames além das tomografias, somando esse problema a falta de servidores e a estadualização do GAT NIR.

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